A manutenção da saúde bucal durante o processo de envelhecimento é de extrema importância, pois problemas nos dentes podem afetar a qualidade de vida dos idosos, a capacidade de se alimentar adequadamente e até mesmo a saúde como um todo.
Dados do Fundos dos Direitos do Idoso (FDI) afirmam que mais de 90% da população mundial sofrerá alguma forma de doença bucal, sendo a cárie o principal problema entre os brasileiros.
Por essa razão, fazer acompanhamento odontológico durante toda a vida é essencial para chegar aos 60 mais com os dentes fortes e saudáveis.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a faixa etária que mais cresce proporcionalmente, no Brasil é a de pessoas com mais de 60 anos de idade.
Até 2025, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Além disso, estima-se que no mesmo ano haverá um total de aproximadamente 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo, e cerca de dois bilhões, sendo 80% nos países em desenvolvimento, até 2050.
De acordo com Paola Kerber, nossa Gerente e Responsável Técnica, a cavidade bucal, como parte integrante do corpo, também sofre impactos diretos com o processo de envelhecimento. Dos problemas bucais, a perda de dentes é um dos mais frequentes.
Estima-se que 41,5% dos brasileiros com mais de 60 anos convivem com perda dentária total ou parcial.
“Doenças periodontais, alteração no paladar, dificuldade de mastigação e deglutição, úlceras traumáticas decorrentes de próteses inadequadas e xerostomia (redução da salivação) são alguns dos problemas que acompanham o avanço da idade”, comenta a profissional.
Doenças sistêmicas e ingestão de medicamentos
Muitas doenças sistêmicas se apresentam com mais frequência na população 60 mais, como hipertensão, diabetes, osteoporose, reumatismo, doenças do coração, entre outras, gerando manifestações bucais que contribuem para o avanço de processos patológicos.
Um estudo do Instituto do Coração (InCor) aponta que 45% das doenças cardíacas e 36% das mortes por problemas cardíacos estão relacionadas a infecções bucais não tratadas. Outro aspecto ligado à saúde bucal dos idosos é o uso de medicamentos frequentes que podem desenvolver efeitos diretos ou indiretos na mucosa bucal e nos tecidos dentais.
“Remédios anti-hipertensivos, por exemplo, alteram a composição da saliva, deixando a boca mais seca, propiciando a incidência de cáries e inflamação gengival”, explica Paola.
Com isso, o acompanhamento odontológico em pessoas desta faixa etária deve ser ainda mais minucioso, levando em consideração o quadro clínico geral do paciente.
“O dentista precisa estar em contato com o médico para que o atendimento seja multiprofissional, assim todos estarão a par do uso de medicamentos e complicações”, completa.
Conheça os cinco principais cuidados necessários para adotar
Higiene bucal regular: a escovação, pelo menos duas vezes ao dia com escovas de cerdas macias, o fio dental para remover resíduos e a limpeza da língua são práticas que devem ser feitas diariamente.
Cuidado com próteses dentárias: as próteses e implantes precisam estar bem ajustados com a anatomia e em boas condições. Além disso, é importante mantê-las limpas e sempre seguir as orientações do dentista.
Alimentação saudável: dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, proteínas magras e cálcio, para fortalecer os dentes e ossos, colabora para a saúde de forma geral.
Gerenciamento de condições subjacentes: problemas de saúde, como diabetes e doenças cardíacas, podem afetar a cavidade oral. Mantenha um calendário de exames e consultas com um médico para acompanhamento frequente.
Manter a hidratação: é muito comum pessoas 60 mais apresentarem quadros de xerostomia (boca seca). Beber bastante água para manter a boca úmida ajuda na produção de saliva e ajuda a proteger os dentes contra infecções e cáries, no entanto para o idoso manter uma rotina de cuidados, ele precisa ter condições físicas e cognitivas para executar tais tarefas.
“Caso haja qualquer tipo de comprometimento de funções, o idoso precisa de uma rede de apoio que irá dar o auxílio necessário no cuidado diário com a boca”, acrescenta, Paola.
Consultas regulares com o dentista
Com o passar dos anos, os cuidados com a saúde bucal exigem graus de atenção evolutivos. É super possível ter dentes fortes e permanentes com o passar da idade, desde que cuidados durante toda a vida e consultas periódicas ao dentista não tenham sido menosprezadas. O atendimento ao idoso leva em consideração as principais alterações que costumam ocorrer na boca durante o envelhecimento, como a perda de dentes e o desgaste do esmalte dental.
Pesquisas conduzidas pelo Ministério da Saúde apontaram um percentual de 37,8% de indivíduos brasileiros com mais de 50 anos de idade sem nenhum dente natural presente na boca.
“Os idosos devem ter um total de 20 dentes naturais no final da vida para serem considerados saudáveis. Para que isso aconteça, é essencial realizar um acompanhamento regular ao dentista, para garantir que os problemas bucais sejam detectados e tratados a tempo, prevenindo complicações graves como a perda da dentição”, relata Paola.
Além disso, pessoas acima dos 60 anos demandam mais atenção, empatia e sensibilidade no momento do atendimento.
O suporte humanizado é fundamental para garantir que os idosos se sintam compreendidos e respeitados durante o tratamento, aliás isso envolve comunicação clara e paciência por parte dos profissionais de saúde, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor.
“Em conjunto, a odontologia de precisão e o atendimento personalizado asseguram que os idosos recebam cuidados de alta qualidade, promovendo sua saúde bucal e bem-estar geral”, finaliza a profissional.
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